como vai tudo bem tudo bem que legal eu também Tudo bem obrigado bor só uma coisa tem um um botão de tradução lá embaixo queria ver se você tá escutando a tradução se você pode escutar a tradução pro inglês perfeito ah legal então vamos começar a entrevista imediatamente por favor fique de olho no relógio tá obrigado vamos lá sim Olá você pode começar com as suas perguntas por favor Olá Roberta o seu sua personagem Foi bastante forte no filme e também aqui na série não foi possível entender a pergunta do palestrante Oi Quais são os desafios Roberta o que que mudou no personagem e quais foram os desafios Ok o seu personagem foi um tem foi uma forte presença no filme e como desenvolveu-se a história e que desafios você enfrenta na série que está vi que que tá filmando agora então a Berenice sempre foi empoderada né hoje tem esse nome empoderamento foi era que a Berenice já era no filme E aí 20 anos depois ela é uma mulher que ela passou por muitas questões né Ela já foi presa em função de um outro bandido que ela que ela que traiu ela e aí ela tem uma filha ela tem um namorado agora que é um cara que era que é do quartel mas um cara muito legal parceiro dela mas ao mesmo tempo ela é muito independente e ela é muito revolucionária Berenice ela fica muito preocupada com aquela comunidade como é que as coisas estão andando ela não é a favor do do crime ela acha que a que a Cidade de Deus pode ser um lugar diferente e aí junto com os amigos dela que é a Cíntia que faz parte da da associação de moradores do local e o barbantinho que está naquele meio político ela fica ali observando e ao mesmo tempo a gente vê a política entrando dentro da Comunidade e a gente entende que só através da política é que a gente vai ter mudanças efetivas então a Berenice ela ela cada episódio ela vai se potencializando vocês vão ver que no decorrer dos Episódios até o último vocês vão entender essa trajetória dessa mulher que vai eh eh mudando o olhar a a perspectiva e e entendendo qual é o verdadeiro caminho dela e e entendendo como que ela pode fazer para poder realmente transformar aquela realidade considerando que a série é continuação como você se sente e se você tem uma experiência ou uma emoção que você traz ainda do filme original da da filmagem original eu eu me sinto primeiro privilegiada de poder fazer parte desse 20 anos depois e tudo e tudo o que todas cena se vocês assistirem eh da Berenice vocês podem ter certeza que ela tava viva ali porque no meu primeiro dia de ensaio do meu encontro com a Fátima Toledo que também foi a preparadora do do cidade Deus eh automaticamente quando a gente se encontrou a gente começou a chorar e a Fátima falou a Berenice é viva né eu falei a Berenice é viva a Berenice ela permaneceu viva dentro de mim não só em mim mas eu acho que em todos os brasileiros em todas as mulheres pretas do Brasil de alguma forma se sentiram eh representadas por ela e e isso é um é um privilégio poder vir hoje contar sabendo que a gente vai est contando uma história uma história onde a gente vai est ampliando o olhar da sociedade para pra esperança para para um lugar de transformação Alexandre como é que o seu personagem se desenvolveu na série comparado e quais foram os seus desafios também que você tem agora Para retomar né o seu personagem de 20 anos atrás o os o Buscapé ele ele nós vamos ver o Buscapé eh realizando né em realizando o sonho dele que era fotografia e muito bem sucedido nesse sentido né Eh acredito que agora vocês vão ver ele um pouco mais de maturidade porque na verdade passaram na 20 anos né também na na história cronológica ah O Grande Desafio Foi aceitar né na verdade foi o convite foi entender que nós voltaríamos a fazer uma série e e a falar dessa história né a falar do desse filme que foi tão eh transcendental posso dizer que mudou a minha história mudou minha carreira e mudou também a cinematografia Nacional né E mudou também como as pessoas de fora do do do país eh eh viam né o o a a nossa a nossa arte né a cinematografia a nossa cinematografia então Eh o logo após eh ter passado todas essas emoções né de ter entendido que voltaríamos sim a falar de Cidade de Deus ah com a leitura do roteiro com a preparação também com a Fátima com a Fátima eh eu entendi que tem muito mais história para poder contar né tem muito mais água para passar embaixo dessa ponte e de fato eu tô muito feliz com o que a gente realizou como você entende eh que essa experiência como fotógrafo acrescenta uma nova dimensão à história eh alre o o o busca o filme Cidade de Deus e a série ela tá sendo levada sempre pelo Buscapé né através do ponto de vista dele da da da da narração dele que é contada a história e eh como personagem Buscapé com esse olhar dele de fotógrafo né ah falando um pouco da história dele nesse momento o um grande conflito dele é exatamente com com esse sonho que ele tá realizando né e que de certa forma ele se perdeu um pouco dentro desse sonho né E a gente vai falar um pouco desse conflito dele entre eh o que ele tá vivendo que é um sonho como ele lida com a família que a filha dele por exemplo que como ela eh como lidar com esse conflito com ela que tem um ponto de vista diferenciado do dele Roberta e Alexandre O que que a audiência leva a uma mensagem particular que vocês gostariam de deixar para o seu público eh eu acho que é que é para dizer que a gente precisa ter esperança independente do lugar do mundo onde a gente viva entender que a pertence a todos que a gente precisa se politizar a gente precisa ter consciência do espaço onde a gente habita né E hoje em dia a gente tem ainda uma ferramenta que é muito importante que é o lugar da internet onde se você vai por lugares sérios né você consegue saber o que tá acontecendo em todos os lugares e ao mesmo tempo entendendo que o mundo está se conectando né então que a gente possa eh olhar pro lado através da série mesmo que não não é uma quem tiver no México quem tiver nos Estados Unidos entender que que ali à sua volta em algum lugar tem tem pessoas tem uma comunidade que precisa ser vista que precisa ter uma atenção maior que a gente precisa das políticas públicas funcionando dentro desses lugares a gente precisa de saúde a gente precisa de educação a gente precisa de esporte a gente precisa de saúde mental que é fundamental que é uma coisa pouco falada e que normalmente as pessoas acham que que não é necessário é totalmente necessário e eu acho que é sobre isso é a gente poder pensar que tem esperança de dias melhor sabe para mim é esperança e referencial né Eh na minha infância eu não tive uma não tive muitas referências de de pessoas eh de mesma etnia de mesma cor né então faço né Eh desse referencial do pau Roberta cítia Edinho representamos hoje uma mensagem para que aqueles que vem né de comunidade vem de de um lugar é Totalmente carente de de da atenção pública né Eh faço realmente de nós um referencial para essas pessoas para eles terem isso em mente né de que a gente eh a gente pode sabe a gente tem potência a gente consegue Ah que a gente consegue sonhar e melhor do que sonhar a gente consegue realizar os sonhos e também eh até mesmo viver desses sonhos sabe para Fernando o que motiva você a revisitar Cidade de Deus depois de duas décadas e o que que a série traz para o público que o filme original não trouxe Na verdade o Brasil mudou muito evidentemente nesse período e eu diria para resumir bastante no Cidade de Deus a a população da das Comunidades das favelas são vistas como vítimas e e é um filme que mostra a carência dessas comunidades nesse tempo houve uma uma uma mudança de perspectiva apareceram movimentos negros apareceram lideranças nessas comunidades então para usar uma frase que a gente usa no Brasil a gente não não não tá mais focado nas carências mas sim nas potências A ideia é Será que a população organizada ali consegue reagir seja qual ameaça for no filme A Grande ameaça era o tráfico agora o que a gente vai ver nessa série é é o começo da ameaça das milícias as milícias hoje tomam conta das das Comunidades no Brasil elas expulsaram os traficantes e hoje quem manda são essas milícias que são policiais expulsos da Corporação que hoje controlam essas áreas então a série mostra essa transição e ao mesmo tempo mostra essa população reagindo ao que tá acontecendo e tomando a própria vida com as mãos então que que você sente da perspectiva do ali na direção desse filme Há alguma perspectiva fresca nova na na direção é evidentemente O Ali assistiu o filme porque era uma continuidade haveria Uma expectativa de de parecer uma continuidade então ele usa algumas elementos de gramática muito câmera na mão o tipo de tipo de de interpretação mais solta menos controlada tal mas o o projeto é totalmente do ali quer dizer ele usou aquilo como referência e criou a série dele então o público vai ver algumas semelhanças com a maneira como eui essa história mas tem claramente a mão do al Muritiba que é o diretor que revisou todos os os roteiros e dirigiu de ponto a ponto não ele tem tinha outro diretor né mas ele era o diretor geral de ponto a ponto Thank verdade então muito obrigado e adeus